Tempo

“Quanto tempo tem o tempo? Qual é o espaço que ele ocupa? Será que ele invade? Será que ele machuca?”
“O tempo desliza pelos dedos, para evitar de mergulhar fundo, pra dentro, e não saber se dá pra respirar, se tem como voltar. Como dar espaço pro tempo (…)?” (trechos do texto Tempo)

Tempo é a busca do corpo pelo seu próprio tempo, é a busca do tempo pelo seu próprio corpo. A partir de um primeiro gesto, o corpo se revela, se constrói e se descontrói. Este processo de desconstrução e de construção de um corpo e de um tempo únicos é, pouco a pouco, atravessado pela fala de diferentes pessoas, de diferentes lugares, em diferentes línguas, sobre o tempo e seu espaço. É uma crítica aos tempos acelerados do mundo contemporâneo e uma busca para se delimitar o próprio tempo, em meio a tantos tempos que nos atravessam continuamente.

As mulheres que recitam o texto “Tempo”, escrito pela artista/performer e reproduzido durante a performance, são pessoas que participaram de sua vida em diferentes tempos e lugares. As falas destas mulheres costuram o tempo e o espaço percorridos pela artista até agora. O tempo da artista deixa, então, de ser individual, solitário, e passa a ser compartilhado por mulheres que também estão construindo seus próprios tempos e espaços, independente dos tempos acelerados e dos espaços reduzidos que o mundo contemporâneo nos induz.

Performances:
Corpos Críticos (2019 – Espaço Apis-RJ)
2º Quinta.l em movimento (2019 – EFAV-RJ)
6º Curto Circuito (2019 – Caixa Preta-RJ)
Mostra Angel Vianna (2018 e 2019 – CCo-RJ)
Ficha técnica:
Criação e performance: Violeta Vilas Boas
Performer: Violeta Vilas Boas
Texto e edição de vozes: Violeta Vilas Boas
Colaboradoras: Isabel Pacheco e Patricia Selonk

Foto: Thiago Ripper

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